Thursday, January 27, 2005

Elegia a minha operação de fimose




Querido prepúcio, estou à beira do precipício. Hoje eu movi as peças do xadrez descaradamente. Será que vencerei em meu próprio jogo? Prefiro imaginar que envio devagar os soldados para o campo de batalha certo. No fundo, todos os peões ostentam suas cabeças de rei. A vida é um tablado preto e branco: bispo para caveleiro na casa 8. Eu tenho uma arma apontada para minha cabeça. Ela tem mamilos rosados e uma buceta cheirosa, mas não deixa eu chupar seu cu. Eu queria gozar na boca dela, mas ela é pura demais, nunca fez isso, tem nojo. Será que conseguirei ultrapassar isso e ser feliz para sempre? Um dia eu o farei. O mais provável é que ela vomite o conteúdo do seu estômago real. Ou quem sabe ela se renda e descubra que a sabedoria está justamente em sublimar o gosto.

Ouvi dizer que é só deixar a língua não encostar de fato naquela gosma ácida que é nossa própria porra. Sei lá, tem um broder que diz que as putas dos filmes pornô simulam aquela vontade incontrolável de sorver cada gota e ainda esfregar tudo na língua, na cara com gosto mesmo.

Mas por enquanto me satisfaz a idéia de que ela poderia estender a mão delicadamente, sem que eu percebesse e ao me dar o abraço pós espasmo, cuspisse de vez tudo o que eu gozei. Quando minha boca se aproxima da boca dela, hum, o gosto é humano, bestial, mistura de doce e salgado. Meu amor agridoce no clitóris oculto, chup chup, sobe pelo sobrecu, passando pelo canal vaginal, pelo buraquinho do mijo, até o monto nervoso que ela esfrega freneticamente em mim quando está perto de gozar, bem rápido, pra depois gemer baixinho com a boca entreaberta, a buceta pulsando.

meu querido prepúcio, eu não esqueço, estamos em guerra. e o que vale é a porra, amigo. a coragem de botar tudo pra fora. sem esquecer, sem esquecer, meu velho: cacofonia é bom.


Al Nite Lang e Mídia Matarás

Wednesday, January 19, 2005

cuide mais de sua vida. ofereça mais peças para o quebra cabeça. não sabe onde quer morar? eu nao vou te falar mais nada. qualquer coisa que eu te falo você enche o saco. nunca mais você escreveu né? um monte de gente deixa mensagem dizendo que meu desenho é legal. mas você não gostou. é, aquele cede é estranho mesmo. e isso está ficando escuro. e frio. e invasivo. quando alguém quer dançar, futucar cabeça com pé, lembrar de mundo que não tenho. de página de gibi rasgada em quatro partes.

Tuesday, January 11, 2005

Os olhos negros, muito vivos, a poucos centímetros da minha glande inchada. Com movimentos sutis, ela aperta e solta, pequenas gotas escorrem, gozo em sua boca entreaberta. Ela engole uma parte e deixa o líquido perolado escorrer pelo queixo, depois sobe devagar e me beija furiosamente. Gosto ácido e forte de vida derramada. "Queria saber se você era homem mesmo", diz, e rimos juntos.

Al Nite Lang

Tuesday, January 04, 2005

a senha é delete. em poucos dígitos, naturalmente. foi alguma coisa que eu falei? ou que alguém falou? desde quando você pode "mandar" alguém tomar banho, sua enxerida? mas toma cristal em formato de surtagem que o enjoo passa. ou volta pior. só não deixa se jogar no mar. nadar nadar e morrer na praia depois do tsunami é um pouco demais, né não? control alt del para essa coleção de "ingenuidades". pane no sistema das frases feitas pra dizer pela metade. ou esconder sentido entre uma linha e outra. foi um pouquinho complicado, foi? tá vendo? isso é que dá filar aula de semiótica.

Quem?

Diário de uma membrana. Especulações sobre surtos homeopáticos.